Bem vindos aventureiras e aventureiros, a mais uma edição da Papo de Quimera
O assunto de hoje, quero frisar, foi escolhido via votação lá no @cripta_rpg.
Nos siga lá para participar das próximas.
SEM MAIS DELONGAS….
Hexcrawl vs Pointcrawl
Vamos falar hoje de duas modalidades diferentes para encarar o que eu gosto de chamar de “viagem exploratória”, uma proposta de jogo que centraliza a viagem, deslocamento, exploração de ermos e chaveamento de mapas.
Uma rápida definição (e ao fim do texto você vai encontrar algumas fontes) de cada estilo:
Um jogo hexcrawl usa um mapa dividido em hexágonos e centraliza as dificuldades e percalços de uma viagem por ermos que pode vir a ser malsucedida.
Um jogo pointcrawl usa um mapa com nódulos(círculos, caixas, até mesmo hexágonos) conectados por linhas e fios e centraliza uma viagem através dos diversos pontos de interesse, assumindo que o deslocamento é, na maioria das vezes, bem sucedido.
Perceba logo de cara o foco aqui: MAPA!
Essencialmente, Hexcrawl e Pointcrawl são formas de criar, representar e navegar o mapa. Isso pode soar simplista mas se descermos mais um andar dessa masmorra, conseguimos enxergar os desdobramentos e as consequências de cada um.
Otimização do prep: A preparação (“prep”) de um mapa pointcrawl foca nos chamados “pontos de interesse”, nas áreas que definitivamente contém elementos propícios para aventuras sem gastar tempo com o ‘‘preenchimento de áreas vazias’’.
Fácil de ler: Um mapa pointcrawl destaca o que é importante, os marcos ficam expostos e nítidos, facilitando uma leitura rápida. Você bate o olho e sabe onde está a cidade, a caverna ou o oásis que lhe interessam, seja você mestre ou jogadora.
Ermos ou Masmorras: Um mapa baseado em pontos de interesse serve também para representar masmorras, torres, ruínas. Cada ponto indica uma sala e os fios as conectam como corredores.
Um mapa pointcrawl é direto ao ponto, ele realça os principais locais no escopo da(s) aventura(s) e cria uma navegação mais objetiva, combatendo o excesso de liberdade que pode diminuir a Agência das jogadoras.
Abrir o mapa: Jogos focados no Hexcrawl proporcionam a recompensa única de abrir o mapa, de realmente descobrir o que é naquele hexágono 12 milhas ao Norte. Preencher o mapa ao longo de sessões de jogos é muito interessante e faz maravilhas pelo engajamento dos jogadores.
Lordes de Fortaleza: Um mapa hexcrawl também abre espaço para um avanço nas ‘etapas’ de jogo. Comumente chamados de ‘tiers’, essas etapas de jogo partem do ‘aventureiro’ e, em módulos clássicos/tradicionais, leva até o “rei” ou “conquistador”. Essa dinâmica de jogo permite a construção de fortalezas e castelos de onde os personagens, seres poderosos (nível 15 ou mais) conseguem exercer influência na região. O mapa hexcrawl mostra bem as áreas sob essa influência.
MUNDO ABERTO: Acho que esse é o maior apelo da proposta hexcrawl e é onde ela mais brilha: O mundo é completamente aberto. Cabe ao grupo decidir a direção e o sentido da exploração! Aqui não existem fios conectores representando estradas ou trilhas, há apenas a imensidão dos ermos.
Entendo isso com um grande ponto positivo do Hexcrawl mas é comum ver relatos negativos sobre algo que chamo de ‘‘Liberdade paralisante’’ mas isso aí é assunto para outra hora..
Eis aqui, caro assinante, uma rápida introdução aos dois estilos. O que achou deles? Já conhecia? Ficou afim de experimentar com essas modalidades?
Manda seu comentário, opinião, crítica, contraponto que tudo, tudo, tudo é XP.
Aproveita e compartilha com as amizades, manda no grupo da sua mesa quinzenal que acontece mensalmente e para aquele mestre que tá sempre com uma one-shot no bolso. Até a próxima
Um grande abraço e até a próxima.
Willy Alencar - Vicente Pires, Distrito Federal. Abril de 2021
Links sobre o assunto
Os exploradores de hexagonos: O modelo pointcrawl (Mundos Colidem)
Os exploradores de hexagonos: Introducao (Mundos Colidem)
Crawling without hexes: Pointcrawl (Hill cantons)
5e Hexcrawl (The Alexandrian)
Jogando no estilo Hexcrawl (Pontos de Experiência)